14 de ago. de 2012

Aceitando as pessoas


Ouvi dois amigos conversando e um deles se queixava da incompreensão das pessoas, das agressões verbais, dos desentendimentos. Isto o revoltava e ele dizia invejar a serenidade e o equilíbrio do interlocutor. 
- Qual é o segredo? perguntou.
 - Não existe segredo, mas somente paixão pela vida e esforços contínuos para aprender, respondeu o outro.
 - Aprender o que? - A aceitar as pessoas, mesmo que ela nos desapontem, quando não aceitam os ideais que escolhemos. 
 
Quando nos agridem e nos ferem com palavras e atitudes impensadas.
 - Mas é muito difícil aceitar pessoas assim.
 - É verdade. É difícil aceitá-las como elas são e não como gostaríamos que elas fossem. Mas qual é o nosso direito de mudá-las?
 - E como você consegue
- Estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a escutar, mas não apenas com os ouvidos, também com os olhos, com o coração, com a alma, com todos os sentidos.
 
 Muitas vezes as pessoas não falam com palavras, mas com a postura.
 
 Fique atento para os que falam com os ombros caídos, os olhos e as mãos irrequietas. 
Assim como você pode ler as entrelinhas de um texto, pode ouvir coisas entre as frases de uma conversa corriqueira, banal, que somente o coração pode ouvir.
 Não raro, há angústia e desespero disfarçados, insegurança escondida em palavras ásperas, solidão fantasiada na tagarelice. Aos poucos estou aprendendo a amar, e amando estou aprendendo a perdoar.
 Perdoando, apago as mágoas e curo as feridas, sem deixar cicatrizes nos corações magoados e tristes.
 Aprendo com a vida o valor de cada vida e procuro entender os rejeitados, os incompreendidos. Nem sempre consigo, mas estou tentando.
 Quanto a nós, vamos tentar construir a paz, sem desânimo, com muito amor, muito amor no coração.

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Giovana Paola