10 de abr. de 2013

SEMENTES PARA PLANTAR

Um grande rei, pai de três filhos, precisava escolher entre um deles o seu sucessor. A decisão era muito difícil pois os três eram muito inteligentes e corajosos.

Além disso, eles eram trigêmeos e o rei não sabia como realizar a sua escolha. Por isso, procurou conselhos com um sábio do reino, que lhe deu uma idéia.
O soberano foi para casa e chamou os três filhos. Informou- lhes que necessitaria partir para uma viagem muito prolongada, mas que desejava deixar com cada um deles algo muito precioso.
Tomou de três pacotes com sementes e deu um para cada um dos filhos, com a recomendação de que eles deveriam devolvê-las, quando ele retornasse, dentro de um ou talvez, dois anos. Frisou que, aquele que melhor cuidasse das sementes, seria o seu sucessor.
 
O primeiro filho, tão logo o pai partiu, começou a pensar o que deveria fazer com aquelas sementes. Finalmente, resolveu trancá-las em um cofre, raciocinando que, quando o pai voltasse, ele devolveria as sementes como as havia recebido.
 
O segundo filho, observando o que fizera o irmão, pensou que se ele trancasse as sementes, elas morreriam. E sementes mortas, não são mais sementes.
Por isso, foi ao mercado, vendeu as sementes e guardou o dinheiro. Assim, quando o pai voltasse, ele retornaria ao mercado e compraria sementes novas, até melhores do que as que o pai lhe houvera deixado.
 
O terceiro filho foi ao jardim. Olhou a imensidão da terra que circundava todo o grande palácio, e resolveu atirar as sementes por todos os lugares.
 
Quando o pai regressou da sua viagem, três anos depois, o primeiro filho correu ao cofre, abriu e descobriu, desolado, que as sementes estavam secas, mortas.
Triste, o pai olhou aquele pacote e disse ao filho: “são estas as sementes que dei a você? Elas tinham a possibilidade de desabrochar, de se transformar em flores e exalar um delicioso perfume. No entanto, agora, de nada valem. Estão mortas.”
O segundo filho foi até o mercado, comprou sementes novas e, orgulhoso, foi entregá-las ao pai, que elogiou a idéia do rapaz, mas lhe disse que, de verdade, ele não fizera nada de especial.
O terceiro filho apresentou- se ao pai e lhe disse não possuir mais as sementes. Entretanto, convidou o rei para ir até o jardim, e lhe mostrou centenas de plantas crescendo, flores desabrochando por todos os lados, numa profusão de cores e de perfumes interminável.
 
O rei o abraçou, feliz, dizendo- lhe: “esta é a maneira correta de proceder com as riquezas. Você é digno de ser meu sucessor.”


Todos os talentos que possuímos são como as flores. 
Não podem ser guardados em cofres, porque morrem, secam. 
Dinheiro, beleza, poder, precisam ser semeados para florescer. 
O que equivale a dizer, usados para gerar mais riquezas, mais beleza e proteção a todos.
O amor, para dar frutos e espalhar perfumes, que a muitos beneficiem, necessita ser semeado no coração das outras pessoas.
Todos nós temos a capacidade de transformar o deserto em que o mundo está se tornando num imenso oásis de paz, amor e beleza.
Um lugar onde o sol, as estrelas, o vento e o mar sejam realmente para todos.

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Giovana Paola